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Dating : Love is the fire

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Love is the fire

Para ler ao som de Todo Cambia, da Mercedes Soza

Há dois anos, eu via o “salvavidas de hielo” do Drexler no Araújo. Há dois anos, eu dançava com o Drexler no 512. Foi uma noite inesquecível e memorável.

Drexler é uma referência profunda que veio do meu tio Marcos. Espanhol é meu idioma favorito no mundo e que estudei sem obrigação. Sinto que foi uma das poucas coisas que aprendi bem e com gosto foi o espanhol.

As músicas em espanhol são uma ótima trilha sonora pra uma pandemia. As que eu mais curto normalmente são melancólicas, sensíveis, profundas, revolucionárias, com histórias de democracía, verdad y justicia.

Há sete anos, todo mundo sabe, eu me mudei pra Floripa e fiz a mudança mais significativa da vida. Foi ali que eu senti a solidão e também a energia que eu tinha para estar em movimento na ponte-aérea Floripa-Portinho-Novo Hamburgo de 15 em 15 dias. Mas antes dessa teve uma outra mudança que recordei dia desses. Morei cinco meses em Bento, trabalhando na sucursal do jornal. Eu não sabia pegar táxi, onde ficavam as coisas, quem eram as pessoas. Tínhamos – eu e a colega que morava comigo – um fogareiro de acampamento, o sofá da vó do meu ex, uma geladeira comprada em um ferro velho por 100 reais com a ajuda do fotógrafo e meu colega de trabalho na época e o insistente pedido de ajuda ao zelador do prédio a cada resistência queimada.

Hoje, a gente tá vivendo num mundo em que é preciso sair de máscara na rua. Sabe aquela coisa de filme? É abril de 2020 e a gente tá no meio de uma pandemia mundial por causa do coronavírus (só pra registrar pro futuro). É muito surreal pensar e viver isso. Hoje, a minha geração – e os meus amigos próximos – tão pedindo auxílio pro governo, coisa que a gente nunca viveu. Tem uma coisa que o jornalismo provoca, ao menos em mim, é o distanciamento das coisas. Só que numa pandemia tá todo mundo no mesmo barco. Pega todo mundo, de um jeito ou de outro. Por óbvio. Muito obviamente.

Todo mundo se questiona qual o papel da gente neste mundo, que mudanças ele vai ter, que mundo vai ser esse depois dessa pandemia. Como vão estar as relações pessoais, as de trabalho, as políticas.

No começo da pandemia, minha chefe do setor (risos) mandou o vídeo de uma brasileira na Itália falando sobre as sensações que eles tiveram ao longo do passar das semanas. Ela sugeria que as pessoas desenvolvessem algum projeto que demandasse tempo e esforço por pelo menos dois meses, que vai ser o mínimo que a gente vai ficar nessa situação, não é mesmo?

Eu, do alto dos meus sonhos místicos, pensei em executar um plano de editar um tarot, que eu e uns amigos começamos a pensar no final de 2019.

Porém, a vida é maior que isso. Em três semanas – e com muita treta terapêutica à mostra – minha vida cambiou 180 grados. Decisões, feridas, planos, projetos, aventura. Uma volta pra seguir olhando pra dentro, pra voltar pra pertinho do mato e pra ficar perto de uma galera que realmente está – estamos – construindo uma nova alternativa de vida.

Teve live do Raça Negra e do Sandy Júnior ontem. E eu – e mais 18 amigos – tivemos uma noite memorável. Uma noite pra sorrir, pra me fazer ter certeza que eu não teria outro momento pra fazer essa escolha e pra ter certeza que a vida pode ser mais amorosa, abundante, prazerosa e sensível.

Agora, coloca Love is the fire pra trocar e aproveita a vida. Desliga um pouco as lives. Te arrisca. Te aventura. Vive o agora. A hora é essa.

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